Após 20 anos, Denise Stoklos volta ao Rio de Janeiro para temporada no Teatro I Love PRIO

Referência no teatro brasileiro e no mundo, Denise Stoklos volta ao Rio de Janeiro, após 20 anos sem realizar temporada na cidade, para um projeto que deixará história no Teatro I Love PRIO. A TRILOGIA DENISE STOKLOS apresenta três espetáculos da premiada atriz, diretora e escritora. Serão três finais de semana de ocupação, onde ela apresentará uma peça por semana, sendo: “Mary Stuart” nos dias 06, 07 e 08 de junho; “Elis Regina” nos dias 13, 14 e 15 de junho; e a leitura de “Um Faz para Colombo” nos dias 20, 21 e 22 de junho. Os ingressos já estão à venda. 

É extremamente significativo para mim voltar ao Rio para apresentar uma trilogia de meu repertório depois de tanto tempo em que eu não fazia isso. Esta cidade sempre me acolheu bem e agora trouxe a surpresa da oportunidade através de Caio Bucker e o magnífico Teatro Prio. Estou com as melhores expectativas e buscando chegar ao público com o mesmo amor com que fui sempre recebida. Trazer de volta esses espetáculos, agora com a idade e os ajustes de 75 anos é pra mim uma comemoração muito especial!”, afirma Denise. 

O projeto é uma idealização e realização da Bucker Produções Artísticas em parceria com o Teatro I Love PRIO. “Há 20 anos atrás eu começava minha carreira profissional no teatro com uma peça dirigida pela Denise (o espetáculo “Dia dos Loucos”, de Marcos Americano). Naquela época, também assisti seu espetáculo “Olhos Recém-Nascidos”, e fui extremamente impactado por sua obra e por seu Teatro Essencial. Agora, 20 anos depois, tenho a oportunidade de produzir este retorno de Denise ao Rio. Tenho certeza que o público vai se impactar, se divertir e se emocionar com essa artista tão importante para o teatro brasileiro”, completa Caio Bucker, produtor do projeto e curador do Teatro I Love PRIO. 

SOBRE OS TRÊS ESPETÁCULOS:

“MARY STUART”

Dias 06, 07 e 08 de Junho

Este espetáculo estreou em 1987 no Teatro La Mama, em Nova Iorque, e desde então tem recebido internacionalmente os melhores elogios da crítica. Inspirado em vários textos sobre a rainha da Escócia, a peça é definida como “estabelecimento das bases do que Denise Stoklos designa como seu chamado TEATRO ESSENCIAL”, aquele que utiliza o mínimo de recursos materiais e o máximo dos próprios meios do ator, que são o corpo, a voz e o pensamento. 

Sozinha no palco, Denise é simultaneamente a rainha da Escócia, Mary Stuart – aprisionada e condenada à morte -, e a própria prima, Elizabeth I, rainha da Inglaterra.

Durante cinquenta minutos há muito humor, palavra e gesto, num espetáculo que não tem tempo cronológico, dimensão espacial ou geografia determinada. A encenação foge aos parâmetros convencionais do teatro.

O cenário é o despojamento do palco. Paredes vazias, apenas uma cadeira em cena. Ali vemos Mary Stuart enterrada em uma masmorra. No instante seguinte, sem mudança de figurino, aparece a rainha Elizabeth I. Logo depois estamos na atualidade, quatrocentos anos após, em situação de poder similar. 

“ELIS REGINA”

Dias 13, 14 e 15 de Junho

“ELIS REGINA” é um espetáculo gestual com canções de Elis Regina. Foi criado em 1983 por Denise Stoklos logo após a morte da cantora. Com duração de 50 minutos, no solo a atriz busca interpretar a sonoridade da voz de Elis no decorrer de diversas canções como “Se eu quiser falar com Deus”, “Rebento”, “Maria, Maria”. 

“O espetáculo nasceu do impacto brutal da perda de Elis. Não queria fazer uma biografia, queria um testemunho vivo, emocional, algo que falasse evocação de sua presença”, afirma. 


A intenção do espetáculo não é fazer um eco da personalidade de Elis, nem de representá-la no palco, mas trazer um corpo para suas interpretações gravadas. Foi apresentado em diversas cidades e por muito tempo recebendo boa repercussão de público e crítica.

“Foi o primeiro espetáculo autoral em que não quis interpretar um personagem, mas viver a Elis dentro de mim, deixar o que ela me provocava transbordar no palco. Eu subia a um palco nu com apenas uma cadeira e um corpo em estado de urgência. O resto era gesto e Elis em mim.”

“UM FAZ PARA COLOMBO”

Dias 20, 21 e 22 de Junho

Criado em 1992 para a ocasião das comemorações do Descobrimento da América, o texto dá voz a um náufrago metafórico, com menção aos navios Santa Maria, Pinta e Niña que chegaram aos nossos cais, e denunciando os fatos que atravessaram esse momento histórico.

O texto trata-se de uma espécie de manifesto, um lugar de denúncia, de panfleto contra a situação das coisas que envolvem os latino-americanos. Este náufrago denuncia os fatos que atravessam nossa história, destacando dados sobre todo tipo de violência contra os povos originários e que se perpetua até hoje, a escravidão negra, incluindo menções a tempos de ditadura militar e suas decisões. Sempre assinalando que 500 anos de história não são nada comparados com o feito de Colombo, como invasor, que hoje é representado por tudo aquilo que repete sua lei de dominação, em toda perpetuação da oligarquia, em todos agentes de usurpação. 

O tom é de um encontro secreto, de uma oportunidade de dizer o que tanto se quer mas não há onde nem quem queira ouvir. Um texto rigoroso, porém otimista. A acolhida, em todos os diferentes teatros do mundo onde a peça foi apresentada é sempre comovedora, provocando muitas vezes lágrimas no público por identificar-se com os mesmos ou similares sinais de opressão, social ou pessoal. 

“Escrevi originalmente esta peça para expressar meu profundo inconformismo em relação à aceitação da estrutura de exploração imposta pela colonização. Sou artista e latina, e, como tal, entendo minha missão e luta como um exercício essencial de questionamento do mundo, buscando caminhos libertários em prol da defesa e legitimidade de nossa cultura e brasilidade”.

Em 03 de outubro de 2023, Denise Stoklos apresentou-se no Festival Internacional de Teatro Mercosur de Córdoba, na Argentina, no Teatro Libertador de 1.000 lugares, lotado, com uma leitura em espanhol de “Um Fax para Colombo”. Devido a excelente receptividade de público e crítica, e para comemorar os 30 anos da peça, que continua atual, surgiu o desejo de apresentar a leitura em São Paulo, como uma comemoração. 

A partir disso, o espetáculo segue em turnê, e agora chega ao Rio de Janeiro, lugar que sempre acolheu Denise com casas lotadas e sucessos de público e crítica. 

SERVIÇO:

TRILOGIA DENISE STOKLOS

06, 07 e 08 de junho: “MARY STUART”

13, 14 e 15 de junho: “ELIS REGINA”

20, 21 e 22 de junho: “UM FAX PARA COLOMBO”

Sextas e sábados 20h, domingos 19h


Teatro I Love PRIO 

Local: Jockey Club Brasileiro
Endereço: Av. Bartolomeu Mitre, 1110B – Leblon

Ingressos: R$80 (inteira) e R$40 (meia)

Classificação indicativa: 12 anos
Duração dos espetáculos: 50 minutos

Informações e ingressos!

MAIS SOBRE DENISE STOKLOS:

Diretora, atriz e escritora, começou a carreira em 1968, enquanto cursava Sociologia na PUC do Paraná e Jornalismo na UFPR. Depois de morar no Rio de Janeiro e em São Paulo, mudou-se para Londres, onde especializou-se em mímica e desenvolveu seu estilo próprio de performance solo. 

Intérprete de amplo repertório cênico e formação múltipla na área performática, Denise atua, escreve e dirige seus espetáculos, que se caracterizam pela crítica à sociedade contemporânea e pela expressividade rebuscada.

Premiada por dezenas de trabalhos realizados ao longo de 56 anos de carreira, esculpiu sua carreira com as ferramentas do Teatro Essencial, linguagem que ela construiu e que dá prioridade máxima aos recursos do ator – voz, corpo, inteligência e intuição. Foi a primeira atriz brasileira a se apresentar em Moscou, em Pequim e na Ucrânia. Em quase seis décadas de carreira, levou suas peças a mais de 30 países e as representou em mais de 7 idiomas. 

É a criadora do método Teatro Essencial, que visa ter em cena o mínimo possível de efeitos e o máximo de teatralidade.

Hoje, a artista segue em constante processo criativo, provocando reflexões no público a partir do movimento sutil das palavras e do corpo.

O TEATRO ESSENCIAL:

Seus instrumentos são o corpo.
Com o corpo ele desenha o espaço.
Com sua voz ele mostra o afeto do personagem.

E com o seu Pensamento, sua Memória, sua Intuição, ele constroi a dramaturgia, isto é, ele une a Voz e o Pensamento. Seus temas serão sempre sobre a natureza humana, portanto, universais, inadiáveis daí, políticos. 

A intenção é que o público saia do teatro sempre revigorado em suas lutas por liberdade e amor, que afinal é para isto que estamos aqui.

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